LOMO é a sigla referente ao termo russo Leningradskoye Optiko Mechanichesckoye Obyedinenie que significa União da Óptica Mecânica de Leningrado. Trata-se de uma empresa de São Petersburg fabricante de quipamentos óticos.
Em 1982 a fábrica desenvolveu a câmera compacta LC-A ou Lomo Kompact Automat (LC-A), que virou febre entre jovens europeus a partir da década de noventa.
Esse fenômeno é decorrente da possibilidade oferecida pela câmera de produzir fotos com cores saturadas, fragmentadas, desfocadas e únicas na expressão do movimento da luz.
Os efeitos, que aparentemente seriam “defeitos” nas fotos, viraram referência para uma vanguarda, que no decorrer
do ano de lançamento da tecnologia lomográfica ganhou força e espaço no meio fotográfico.
As imagens surpreendentes e os flashes coloridos trouxeram mais cores para as fotos de uma geração de talentos.
A partir de 1998 câmeras compactas, automáticas, analógicas e com lentes de plástico surgiram seguindo o conceito da Lomo LC-A, renovando a tendência na busca por efeitos diferenciados na captação de imagens.
Uma das câmeras que impulsionaram uma geração de fotógrafos é FishEye, capaz de captar imagens com uma lente grande angular de grande abertura, a câmera gera fotos com estética similar a visão de um “olho de peixe”.
Outro exemplo de câmera peculiar deste movimento fotográfico é a Actionsampler, que é capaz de tirar 4 fotos em seqüência e registrar pequenas ações.
Aos amantes da lomografia não importa a tecnologia do equipamento, a objetiva ou a capacidade da câmera de registrar o real, o importante é o olhar diferente sobre o mundo em que vivemos, sem medo de experimentar o novo, de testar, de criar ou até mesmo de modificar a câmera.
A lomografia é a redescoberta do olhar, é a possibilidade de materializar um registro de um tempo sem compromisso com o real. É permitir na rotina uma nova perspectiva de cor.